SOLUÇÕES
Hidrometria

Consiste em identificar locais e aplicar metodologias adequadas ao monitoramento pluviométrico, fluviométrico e sedimentométrico. Para o sucesso de empreendimentos que dependem de condicionantes ambientais relacionadas com o monitoramento hidrológico, é essencial que, além da execução da instalação das estações, os projetos e os relatórios de instalações sejam adequadamente elaborados.

 

Avalia-se a vulnerabilidade regional em apresentar inundações. Deste modo, com base em estudos in loco e simulações computacionais, são obtidos diagnósticos e prognósticos que auxiliam na tomada de decisão, podendo assim, minimizar impactos econômicos, sociais e ambientais.

Qualidade e quantidade apresentam o mesmo grau de importância em termos de usos múltiplos da água. Isso posto, além da rede nacional de monitoramento fluviométrico (vazão), em 2013 a ANA lançou a Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade da Água (RMQA) na tentativa de padronizar e ampliar o monitoramento em nível nacional. Desta forma, todos os dados de qualidade da água que são fornecidos à ANA e aos órgãos estaduais devem seguir resoluções específicas no que concerne aos parâmetros avaliados, e análises laboratoriais. Com isso, se torna possível calcular o Índice de Qualidade das Águas (IQA), que é o principal indicador qualitativo usado no país. Os critérios para se analisar a qualidade são tão complexos quantos os de se averiguar a vazão de um determinado curso d’água, devendo sempre ser mensurados por empresas e profissionais qualificados.

A análise de consistência de dados pluviométricos e fluviométricos é imprescindível para qualquer estudo hidrológico, tendo como objetivo a identificação e correção de erros, bem como o preenchimento de falhas. Todavia, aplicar técnicas de análise de consistência requer uma qualificação profissional expressiva no ramo, uma vez que, para se utilizar de estações vizinhas com o intuito de, por exemplo, preencher falhas de precipitação, é preciso avaliar diversos fatores como, relevo, altitude, proximidade, irregularidades nas estações etc. Em atendimento a Resolução Conjunta ANEEL/ANA nº 03, os concessionários e autorizados de geração de energia hidrelétrica devem enviar à ANA o relatório de consistência dos dados gerados em consonância com os padrões de consistência solicitados.

O estudo ou avaliação de disponibilidade hídrica contempla a realização de análises quantitativas dos recursos hídricos de determinada bacia hidrográfica, sendo indispensável para definir se os recursos hídricos disponíveis suportam as demandas desejadas, cujos usos podem estar associados aos empreendimentos dos setores hidrelétrico (geração de energia), agrícola (irrigação), industrial e abastecimento público. Desta forma, esta avaliação subsidia a tomada de decisão frente à utilização deste recurso natural, uma vez que, sua oferta é variável no tempo e no espaço.

A batimetria é o levantamento da profundidade do leito de rios, reservatórios e oceanos. Semelhante às curvas de nível, sua representação é feita através de linhas que unem pontos de mesma profundidade, sendo que, atualmente, com o avanço computacional essa representação pode ser feita também através de modelos em 3D.  São várias as aplicações da batimetria, como: medição da vazão, medição da cota de rios, levantamento dos lagos de detritos (processo de mineração, por exemplo), controle de assoreamento, dragagem, cálculo do volume de sedimentos depositados, dentre outros. O serviço é realizado com auxílio de modernos equipamentos, em duas etapas distintas: levantamento de informações no campo e, geração de perfis topográficos e mapas temáticos no escritório.

Similarmente à batimetria, este serviço faz o levantamento de uma determinada área submersa. Todavia, este levantamento é realizado na parte seca, entre os níveis de operação atual e o máximo maximorum. Em termos gerais, a execução do levantamento da área molhada compreende o posicionamento planimétrico, realizado por meio de levantamento GPS e o uso de ecobatímetros para determinação de profundidades. Enquanto o levantamento da parte seca pode ser realizado por meio de GPS e técnicas topográficas convencionais. Este levantamento é indispensável em construções submersas (porto, pontes e outros) e no controle do assoreamento, pois podemos apresentar a conformação da área submersa e das margens em forma de perfis topográficos.

Refere-se ao conjunto de réguas instaladas na seção de um curso d’água para a medição da altura do nível d’água, a qual tem relação direta com a vazão através do ajuste da curva-chave. Com isso, através da série de leituras de nível obtida e consistida, é possível obter dados das vazões mínimas, médias, máximas, além de poder realizar a estimativa das vazões de referência, que subsidiam a tomada de decisão na gestão dos recursos hídricos. Durante a instalação da seção de réguas diversos fatores devem ser levados em consideração como: referenciar a seção a uma cota estabelecida e materializada no terreno (referências de nível), observar a cota máxima de inundação, as réguas devem ser instaladas de tal forma que seja possível captar os valores mínimos no período de recessão, observar o regime de escoamento no local, se há ou não depósito de sedimentos etc.

Curva-chave é o termo usado na hidrologia para designar a relação entre a cota (nível d’água) e a vazão que escoa numa dada seção transversal de um curso d’água. Seu ajuste é complexo, no qual está envolvido uma série de incertezas. Ele é realizado através de medidas de vazões pontuais ao longo do tempo, e leitura de nível continuadamente através das réguas ou linígrafos.  Com base nesta curva e com a leitura de níveis, obtém-se a série de vazões. Portanto, esta série depende muito da precisão da curva–chave.